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Discurso Directo

Contributo do José Maria, a quem muito agradecemos a partilha da sua experiência.

A escolha de uma sociedade de advogados para a realização do estágio esteve longe de ser, no meu caso, um bicho de sete cabeças. Tratou-se, porém, de um processo que exigiu bastante preparação prévia, nervos de aço que desconhecia ter e a capacidade de tomar uma decisão com bastantes implicações para o meu futuro.

Antes de me começar a preocupar com a escolha da sociedade, decidi dedicar alguma atenção à apresentação da minha candidatura. Pois bem, aqui colocaram-se os primeiros problemas: nunca tinha preparado o meu curriculum vitae, nem uma carta de apresentação. Os conselhos que recebi foram os seguintes: sinceridade no conteúdo da carta de apresentação, capacidade de síntese no curriculum vitae e redacção de ambos os documentos de forma a procurar responder às duas perguntas que qualquer sociedade de advogados coloca: “Porquê tu?”, e “Porquê nós?”.

Seguiu-se a escolha das sociedades de advogados para as quais pretendia enviar a minha candidatura. Procurava uma sociedade de advogados com alguma dimensão, moderna, multidisciplinar, prestigiada e, de preferência, com uma vertente internacional assumida. O facto de ter vários familiares e amigos advogados facilitou o processo, pelo que não tardei a reunir uma shortlist composta por sete sociedades.

A fase das entrevistas foi exigente, mas extremamente enriquecedora. Procurei informar-me adequadamente de cada sociedade de advogados, antes das respectivas entrevistas, e não me coibi de colocar perguntas no decurso das mesmas, com vista a esclarecer aspectos que a consulta das páginas de internet das sociedades em questão não permitiam esclarecer.

Contudo, as verdadeiras dificuldades colocaram-se no momento da decisão. Tive a sorte agridoce de ter recebido mais do que um convite, o que deu origem a uma intensa fase de reflexão e recolha de conselhos. Acabei por utilizar, como critério de desempate, a sociedade que me pareceu estar mais interessada em contar com o meu contributo.

Decorridos quase três anos, não me arrependo da minha escolha, embora o meu conselho principal vá no sentido de recolher o máximo de informação possível antes da tomada de qualquer decisão, devido às suas implicações no futuro profissional de cada um.

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