Contributo Jason Associates
A felicidade, quer seja ela profissional, quer seja pessoal (pois estão ambas intimamente interligadas) passa por um processo de auto-conhecimento.
Este processo consiste em conhecermo-nos a nós próprios, percebendo quais os nossos talentos e as nossas competências mais fortes, o que nos permitirá tomar melhores decisões.
Decidir melhor significa realizar escolhas cada vez mais adequadas ao nosso perfil e ao significado que atribuímos ao trabalho, à vida, ao Mundo. E quando decidimos melhor funcionamos melhor e somos mais facilmente reconhecidos, o que provoca um sentimento de realização e felicidade crescentes.
Isto leva-nos à “million dollar question”: como conhecer-nos melhor? Não é difícil, mas implica trabalho.
Deixamos aqui algumas dicas para o ajudar nesse caminho de auto-conhecimento.
A primeira é a leitura
Leia livros como os de Marcus Buckingham ou Tom Rath que exploram as forças e talentos de cada um.
Invista em conhecer as suas competências
Responda a perguntas como: O que se sente mais à vontade para fazer, natural e descontraidamente? Que tipo de actividades nota que aprende rapidamente, e que consegue até aperfeiçoar? O que está a fazer, quando dá por si e já passou uma hora sem se aperceber, de tão envolvido que estava na actividade? Que tipo de actividades o enchem de uma sensação de alegria e energia e que tipo de actividades o esgotam completamente? Gosta de comunicar? Ou gosta de analisar os pormenores de um problema e as suas variáveis?
Defina também quais são os seus adjectivos ou “poderes”
Comece a frase “o meu poder é…”ou “Nasci para” e complete-a com um verbo (nasci para comunicar; nasci para influenciar; nasci para estruturar, etc. …). Verá o quão se surpreenderá com as suas próprias respostas!
Pergunte aos amigos
Os amigos são também importantes neste processo, pergunte-lhes o que acham de si, quais os seus talentos e quais as suas áreas de desenvolvimento. E não se esqueça: os talentos serão sempre as áreas de excelência sobre as quais temos maior potencial de desenvolvimento. É aqui que devemos concentrar as nossas energias: só seremos extraordinários a potenciar o que fazemos bem e de forma genuína. Não faz sentido colocarmos todos os nossos esforços a melhorar aquilo que fazemos mal ou em que temos dificuldade. Aqui nunca seremos excelentes.
Testes de personalidade
Os testes de personalidade científicos e comprovados podem também ser uma ajuda na sua descoberta. Um deles é o MBTI (Myers-Briggs Type Indicator), um instrumento utilizado para identificar características e preferências pessoais baseando-se em quatro binómios: energia (onde focamos a nossa atenção: extroversão ou introversão), como recolhemos informação (sensorial ou intuitivo), Como tomamos decisões (razão ou emoção) e lifestyle (julgamento ou percepção). Estas características irão resultar num tipo de personalidade específico.
Use todos os meios ao seu alcance!
Tudo o que provocar reflexão sobre si próprio é bom. Explore a astrologia e até a numerologia, porque não? No mínimo, terá afirmações sobre si com as quais discordar!
E como passar de um auto-conhecimento mais profundo para decisões concretas sobre trabalho?
Perante uma possibilidade ou oferta concreta de trabalho (estágio), não se centre unicamente nos pré-requisitos exigidos. Explore também as competências requeridas para o desempenho da função. É importante aplicar uma lógica de intercâmbio nesta fase: perceber se temos os prérequisitos para determinada função, mas fundamentalmente e até mais importante será perceber que as competências implicadas na função estão alinhadas com o nosso perfil ou as nossas competências mais fortes. Obviamente que será também indispensável compreender o contexto: o tamanho da Sociedade de Advogados, a cultura, o ambiente, as linhas de hierarquia, a evolução da própria Sociedade em questão. Será que este é o tipo de organização onde se vai sentir bem?
Por último (mas não menos importante), pense na evolução da própria função (será que este desafio o ajudará a estar daqui a três anos onde pretende estar?).
Sabemos que o caminho do auto-conhecimento é longo, mas as pessoas mais bem sucedidas são as que se conhecem verdadeiramente.
E, felizmente, esse trabalho só depende de si. Boa viagem e desfrute o caminho!